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A mim vão somando-se as coisas todas.
Como se a cada dia eu acordasse mais completa. Como se cada minuto me enfiasse uma novidade no corpo.
A cada instante eu me transformo em algo diferente. Uma metamorfose contínua dança no meu corpo feito fogo-fátuo. Ad eternum. E o que eu fui, embora continue em mim, vai mudando de lugar e se acomodando diferente pra caber o resto que chega.
Um pouquinho pra lá, um tantão pra cá... E vão entrando as coisas: estrelas, mãos, beijos, fotos, amigos, sabores, magias, florestas, lagos, bebidas, frescor, sombras, línguas, morangos, tempestades, raios, tremores, orgasmos, borboletas...
Cada coisa com seu gosto e seu tempo peculiar vai me mudando e me preenchendo.
São precisas como o fato d'eu existir nesse corpo e nesse espaço. Tão certas como o meu olhar no teu. Tão indispensáveis quanto o teu olhar no meu. Tão inevitáveis. Nas mãos absolutas da mutação.
Aos poucos, tudo vai me invadindo: quadros, palavras, poemas, músicas, folhas, álbuns, memórias, bolhas de sabão, arco-íris, planetas, declarações, amigos, carrosséis, ventos, chuvas, luas, girassóis, imagens, arrepios...
A as coisas que me invadem vão virando caleidoscópio. Movimentam-se gerando desenhos incríveis, coloridos, diversos. Nunca se repetem... São sempre um indo sem fim de combinações e formas. Assim também eu vou me tornando uma soma de tudo o que fui, sou e ainda serei.
A mim vão somando-se as coisas todas.
Como se a cada dia eu acordasse maior. Como se a cada acordar eu transbordasse tudo o que sei, o que vi, o que toquei, o que desejei.
E para transbordar e me transformar, faço música, invento palavras, escorro profundezas, crio gozares, derramo quereres, grito êxtases... Entrego-me.
E tudo isso eu te ofereço.
(Eu - Caleidoscópio / Por Van Luchiari / 24.09.2007)
Um pouquinho pra lá, um tantão pra cá... E vão entrando as coisas: estrelas, mãos, beijos, fotos, amigos, sabores, magias, florestas, lagos, bebidas, frescor, sombras, línguas, morangos, tempestades, raios, tremores, orgasmos, borboletas...
Cada coisa com seu gosto e seu tempo peculiar vai me mudando e me preenchendo.
São precisas como o fato d'eu existir nesse corpo e nesse espaço. Tão certas como o meu olhar no teu. Tão indispensáveis quanto o teu olhar no meu. Tão inevitáveis. Nas mãos absolutas da mutação.
Aos poucos, tudo vai me invadindo: quadros, palavras, poemas, músicas, folhas, álbuns, memórias, bolhas de sabão, arco-íris, planetas, declarações, amigos, carrosséis, ventos, chuvas, luas, girassóis, imagens, arrepios...
A as coisas que me invadem vão virando caleidoscópio. Movimentam-se gerando desenhos incríveis, coloridos, diversos. Nunca se repetem... São sempre um indo sem fim de combinações e formas. Assim também eu vou me tornando uma soma de tudo o que fui, sou e ainda serei.
A mim vão somando-se as coisas todas.
Como se a cada dia eu acordasse maior. Como se a cada acordar eu transbordasse tudo o que sei, o que vi, o que toquei, o que desejei.
E para transbordar e me transformar, faço música, invento palavras, escorro profundezas, crio gozares, derramo quereres, grito êxtases... Entrego-me.
E tudo isso eu te ofereço.
(Eu - Caleidoscópio / Por Van Luchiari / 24.09.2007)
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