27 setembro, 2012

Saltar sem paraquedas


   Ando tão a flor da pele, que qualquer beijo de novela me faz chorar...   

Odeio essa minha "insensível sensibilidade, mas segundos depois a amo incansavelmente, ela faz com que eu me sinta, e esse sentir é um encontro único entre corpo e alma...
É como aquele instante em que as Luzes se apagam, e você sente apenas a tua presença, mesmo que inerte, não tem os medos... Afinal o que é o escuro par

a quem consegue ver de olhos fechados... ? O que é o toque para quem sente a presença pelo cheiro, pelo calor, pela alma... ?
É como se expelisse o que já não faz mais sentido estar ali, não falo de sentimentos, pois estes não conseguimos expelir assim... Falo do que não precisa ocupar espaços, espaços que precisam serem libertos, para que se preencha de novo, do novo...
O Velho livro sempre encontrará uma boa e velha estante para ficar... o ontem sempre será ontem, passado sempre será presente... Que o guardemos num bom lugar, mas que este lugar não nos guarde com ele...
Há o momento da travessia, do ir além de, do desapegar, e apegar-se, o amor próprio não pode ser egoísta, caso contrário... mais um caos...
Cumplicidade e respeito abrandam, estupidez corrói, mentira destrói, verdade até dói, e que doa sempre, para que sempre seja dita... Malditas palavras, palavras mau ditas... Silêncio que grita, gritos que silenciam...
Digo que o que me assusta não é a queda, e sim o impacto, neste caso, o impacto é preciso, entende? Não, normal, tantas e tantas coisa são incompreendidas...
É preciso saltar sem paraquedas, cair livremente, esborrachar-se literalmente, e depois...
Bem, depois... Quem sabe?



Val Vince...

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