19 setembro, 2014

Deus'

Deus,
Peço-te:
Interpreta-me.
Não leia apenas as minhas palavras;
Elas são poucas,
Frágeis,
Quebradiças.


Cá, dentro, tem um mundo:
(Quase sempre)
Inabitado.
(Quase sempre)
Incompreensível.


Sei que habitas no secreto,
Nos dias em que não há;
Nos cantos intocáveis,
Nos acontecimentos invisíveis.


Por favor, peço-te:
Cubra-me!
Cubra me,
Com o teu silencioso cuidado.
E eu me abrigarei na confiança,
De que sempre estarás comigo.


_Luciana Leitão

Angustia'

De repente sensações assombrosas, é ela, a angustia.
Bate sem dó, chega sem avisar. Aquele aperto no peito, aquele gosto de sal na face.
É um entranhado de não sei o que e o por que está aqui. Chega a noite, e a companhia  continua.
Parece um convidado de honra, mas de que honra? Apavora, até que salga para aliviar o que não se sabe.
Que definição é essa? O não saber?!
Um nevoeiro se faz num céu estrelado onde logo a lua sorrirá. 
Mas e esse aperto que chega a dar medo? 
Por que me angustias, angustia?


Ando cansada demais, ando fugindo do que possa me cansar ainda mais. Quero leveza, e tentar é o caminho que escolhi.

Tenho preferido meus silêncios, que muitas vezes gritam desconcertantemente.

Ah que saudade do mar...'

Val Vince'

15 setembro, 2014

Pensamentos ao vento'

Às vezes, o que importa não é "no que acreditam ou desacreditam", mas sim, em que "você acredita." 
O que te dá sentido a vida, o que te arrepia a pele, cala a alma. Sua consciência é o que te dá paz ou te deixa numa guerra constante. Mantenha ela leve, é possível.
Meias verdades, meias mentiras não existem. Ninguém vive de metades.
Acredite mais em você e tire seus sonhos da U.T.I.



Foi esse meu pensamento hoje enquanto voltava de Limeira.

É tão estranha e ao mesmo tempo boa a sensação que tenho de refletir dentro de um ônibus, as paisagens, as pessoas, enfim... já falei sobre isso outro dia. Mas me é bom. 

Val Vince'


10 setembro, 2014

Viagens'

Lendo um post de uma amiga, sobre decepção... eis que...


Traição, mentiras, falsidades, dissimulações... 

Sempre que de alguém próximo afetivamente, vai machucar. Vai doer, e sangrar sem sangue é ainda mais doido. Com o tempo a gente anestesia, mas não cura. Dá pra suavizar a ferida. Dá pra tentar deixar lá naquele comodo onde as emoções são cobertas pelo pó do tempo. E entrar lá hora ou outra é inevitável. Mas dá pra fechar a porta quantas vezes quiser.   As escolhas são pessoais, e algumas pessoas as quais amamos muito sempre nos decepcionarão de alguma forma. Assim como sempre decepcionaremos alguém. É a perfeita imperfeição. 
E não podemos viver nos mutilando pelas escolhas que não nos cabem. É triste ver que não conseguimos curar as dores das pessoas que amamos, muito menos mostrá-las que alguns caminhos são tortuosos demais, e machucam mais quem está fora do que quem nele caminha. Claro que tem suas dores, mas é mais fácil camuflar do que aceitar ela, e felizes os que a aceitam e lutam. A vida é um sistema meio bruto às vezes, um amigo me disse isso e eu vivo refletindo sobre. Aliás, vivo refletindo sobre tudo, principalmente como algumas pessoas não conseguem viver da verdade. É tão mais simples, tão mais indolor, tão mais bonito, tão mais amor.

Enfim, sem mais viagens por hoje. Porque independente de qualquer coisa, de escolhermos um dia nublado para o nosso amanhã, ainda assim, haverá um sol que todos os dias estará lá, com sua beleza e energia única.

Val Vince...