Admiro muito os textos dela, eis aqui mais um dos que adoro...
Sabe por que esse silêncio?
É porque nada mais importa.
Vou fechar a porta que me une ao que eu chamo de mim. Des-existir das palavras, porque nada mais adianta e o fim é logo ali. Parece uma gruta, sepulcro de pedras... mas é passagem.
Talvez fosse mais sensato se eu saísse por aí como antigamente, mãos dadas com algum poema ou criação ou música ou rima ou sorriso... mas sei lá onde foi que eles foram parar. Foram ficando pelo caminho, acho. E eu deixei os rastros todos pras entrelinhas.
Você sabe.
Lembra quando era tudo tão simples que cabia inteiro nas nossas mãos? Lembra quando havia motivos para continuar com essa coisa de ser? Motivos para inventar amores como uma forma de identificar nossa solidão? E a vida passando era a coisa mais linda e tudo virava eternidades?
Eu me lembro.
Mas nada mais importa.
Vou seguindo assim em moto-contínuo porque não encontro mais dentro de mim os caminhos. Desintegro minha vontade, esfarelo quereres e por fim, termino.
Deixo os restos do que eu não fui para algum outro nascer.
Porque agora nada sou e nada há.
Serei, daqui pra frente, mera espectadora de mim.
Mas isso é apenas um fim.
(Van Luchiari ©)
Vou fechar a porta que me une ao que eu chamo de mim. Des-existir das palavras, porque nada mais adianta e o fim é logo ali. Parece uma gruta, sepulcro de pedras... mas é passagem.
Talvez fosse mais sensato se eu saísse por aí como antigamente, mãos dadas com algum poema ou criação ou música ou rima ou sorriso... mas sei lá onde foi que eles foram parar. Foram ficando pelo caminho, acho. E eu deixei os rastros todos pras entrelinhas.
Você sabe.
Lembra quando era tudo tão simples que cabia inteiro nas nossas mãos? Lembra quando havia motivos para continuar com essa coisa de ser? Motivos para inventar amores como uma forma de identificar nossa solidão? E a vida passando era a coisa mais linda e tudo virava eternidades?
Eu me lembro.
Mas nada mais importa.
Vou seguindo assim em moto-contínuo porque não encontro mais dentro de mim os caminhos. Desintegro minha vontade, esfarelo quereres e por fim, termino.
Deixo os restos do que eu não fui para algum outro nascer.
Porque agora nada sou e nada há.
Serei, daqui pra frente, mera espectadora de mim.
Mas isso é apenas um fim.
(Van Luchiari ©)
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