29 dezembro, 2010

Estranha sensação

Estranha sensação estranha


Que me persegue sempre... as vezes me deprimo de uma forma tão ímpar, que acabo por me tornar minha pior inimiga, apontando meus erros, meus fracassos, meus atos impensados, meus impulsos, minha rebeldia burra, miha vida... e de certa forma o que fiz com ela...
E pela primeira vez, parei para pensar em como será minha vida daqui 10 anos... e sinceramente, senti medo, muito medo, medo de estar sozinha, medo de empurrar com a barriga a situação a qual me encontro hoje e que vem de algum tempo, carregar comigo esta bagunça, sem ter uma luz, sem encontrar uma luz, uma saída, medo de perder as pessoas que amo, e que sei que como é a lei da vida se vão com o tempo e se perdem no tempo, medo de viver... um medo que por momentos me consome a ponto de não me agarrar a nada, e querer afastar de mim tudo o que posso ferir ou simplesmente carregar comigo nesta desastrosa visão... queria me dar colo, chorar em meus braços, e poder me dizer que tudo isso realmente vai passar... mas de certa forma não consigo...




Só (Oswaldo Montenegro)


Vontade de ser sozinho
Sem grilo do que passou
A taça do mesmo vinho
Sem brinde mas por favor
Não é que eu não tenha amigos, não
Não é que eu não dê valor
Mas hoje é preciso a solidão
Em nome do que acabou
Vontade de ser sozinho
Mas por uma causa sã
Trocar o calor do ninho
Pelo frio da manhã
Valeu a orquestra se valeu
Agora é flauta de Pã
Hoje é preciso a solidão
Com a benção do Deus Tupã, ô menina
E a quem perguntar quando o vento sopra
Responda que já soprou
Mas o vento não traz resposta
Acabou
A flecha que passa rente
Cantor implorando um bis
O cara que sempre mente
A feia que quer ser miss
Gaivota voando sob o céu
A letra que eu nunca fiz
Tudo é a mesma solidão
Mas dá pra se ser feliz, ô menina
E a quem perguntar quando o vento sopra
Responda que já soprou
Mas o vento não traz resposta
Acabou
E todo mundo é sozinho
E ai de quem pensar que não
A moça com seu vizinho
Soldado com capitão
E resta a quem tá sem seu amor
Amar sua solidão
Hoje é preciso um uivo
De lobo na escuridão, ô menina
E a quem perguntar quando o vento sopra
Responda que já soprou
O vento não traz resposta
Acabou
E a quem perguntar quando o vento sopra
Responda que já soprou... 


Postado em 22/07/2010





Val Vince...

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