10 junho, 2012

Eu quero uma canção




Que fale de amor, de dor, que conte qualquer história, ou que apenas tenha uma bela melodia...
Quero uma canção colorida, que me de vida, que de vontade de voar, voar sem sair do chão, sabe como é? 
O melhor voo, aquele de olhos fechados, aquele que te leva a Lua.
Quero esta canção, a que me toque, que me levite, que deixe inerte e logo me movimente, que me traga verdades em notas musicais, que me traga Luz, e a apague no momento certo.
Quero uma canção singela como as margaridas, encantadora como as rosas, sedutora como as orquídeas, cheirosa como jasmim...
Uma canção que quebre o gelo, e faça arder em chamas uma alma que as vezes sente frio, sente medo, sente dor, e que as vezes preferia nada sentir, talvez morrer, talvez...
Mas almas não morrem, então me de uma canção que me faça sorrir, e chorar, mas chorar de emoção se possível... 
Quero apenas uma canção, transparente, ardente, com doses de delírios, que me abrace, que me de cala frios, que me arrepie, que me desmanche...
Uma canção que toque na hora certa, ou a toda hora, pois canção é sempre benévola, mesmo quando lembra momentos amargos, ela vem doce, ela amansa, abranda, conforta e até transforma...
Muitas vezes canções são cartas não enviadas, não entregues, a covardia que gera lindas músicas, enfim, salvem os compositores, os escritores, salvem os musicistas, salvem os loucos, salvem os poetas, salvem todos que transformam o que não pode ser dito em Som... Salve, porque até o som do silêncio é acalantador, encantador, e só quem o conhece entende.
Canção é vida, é movimento, é lucidez e embriaguez, é loucura e sensatez... é o completo, o acalanto, e as vezes nos leva ao pranto...
Mesmo assim, eu quero uma canção...


Val Vince...

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