26 janeiro, 2011

Por quê?


Já ouvi falar várias vezes na cura da morte, a pessoa esta desenganada, de repente melhora e morre... Assim foi minha alegria neste inicio de semana, sei que a palavra morte é forte "em termos", mas é meu lado dramático aflorado...
Um temporal, com raios, trovoadas, granizo, ventania, todos juntos e na mesma intensidade, é assim que estou por dentro... Corroída, e certíssima da frase... Uma mentira pode dar a volta ao mundo, mas um dia encontra a verdade... Encontra, e o pior é que sempre nas piores circunstâncias, quantas vezes mais vou suportar isso... Posso ter errado, mas na primeira semana já havia sido dado o ultimato...
Rezo para não me tornar um concreto, e para que todos sejam abençoados pelo que acreditam, e que acreditem em algo... 
Enfim tenho paz no meu coração e minha consciência esta tranquila, isso me conforta, mas não me cura...
Perdão cabe a si, e não a mim...
Rezo e peço para que o futuro me mostre que realmente algo valeu a pena... Acreditar que algo valha a pena... 

Hedonismo ai vou eu... Abra os braços... 
Tanto há descobrir, viver e sentir, a busca infinita pelo entendimento não pode me impedir de abrir os olhos...



Dois em um... o mínimo que pode haver é respeito e verdade... São duas coisas que prezo, e procuro ser transparente a quem esteja comigo, talvez esse ideal seja falho de minha parte, temos ideais diferentes, mas penso assim, se não puder ser verdadeira com quem escolhi para fazer parte de mim, ou mesmo com os que considero amigos, com quem serei?
Com os outros posso ser o que quiser, e mesmo assim posso não ser a hipocrisia em pessoa... pois infelizmente, é inegável que nos ensinaram a fingir, porém fingir pra si mesma é desespero...
Vamos chorar até a última lágrima, lavar o rosto e abrir os olhos...

Nem tudo é como você quer, nem tudo pode ser perfeito, pode ser fácil se você ver o mundo de outro jeito...
Se não faz sentido discorde comigo não é nada demais, são águas passadas, escolha uma estrada e não olhe pra trás...
Como sempre estou mais do seu lado que você... siga em frente em linha reta e não procure o que perdeu... ♫ ♪ 

Noite de Chuva

Chuva elétrica cobre a madrugada
Cadência violeta sobre telhado que escorre
Lágrima que verte riscando, céu ao chão
Melancolia azul impressa numa paisagem
Asfalto onírico até o caminho do Sonho
Onde nada é o que salta aos olhos
E tudo não passa de um espaço curto
Entre um momento e outro
Nácreas vozes ecoam sem timbre ou tom
Rasgando o vento como flecha sem destino
Cantam insanidades e delícias nuas
Tragados pela correnteza de um beco sem saída
No borrão do vidro, rostos corados
Elevam as falas ao pudor do vinho
Delírios medidos de pureza inculta
Derramando-se pelo recinto como calor
Clarões de raios arrancando a escuridão
Ocultam deuses que se beijam e dançam
Rodopios estrondosos adornados por trovões
Tempestade de dádivas sublimes no negror da noite
Nas plácidas poças da calçada uma esperança
De um dia de Sol, que ainda não foi...

Aleksander Pushkin

Val Vince...


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