Uma viagem, uma recordação para a vida toda...
Sempre tive vontade de me perder em meio a imensidão do mar, e sinceramente a idéia de um Cruzeiro me veio a mente inúmeras vezes, nesses meus anos de vida, mas daí a realmente viver aquilo havia uma longa distância, e que foi percorrida... lindamente percorrida.
As vezes as melhores coisas acontecem das loucuras momentaneas, e foi assim que aconteceu.
Dia 28 de fevereiro de 2011 Embarcamos, foi lindo, o balanço do mar me embriagou muito no primeiro dia, "literalmente", mas nada que não me deixasse com gosto de quero mais, um prazer ininarrável, talvez por ser a primeira vez, então estou assim parecendo uma criança boba e extasiada com o primeiro Triciculo, é bem isso mesmo, assim estou, tanta coisa a fazer que o tempo ficou curto, tentei me dar um tempo em meio ao curto tempo, para que meu corpo aguentasse e aproveitasse tudo aquilo, mas não consegui, porém saboreei muito...
Que delicia, que aventura gostosa viajar, viajar e viajar... me sinto viva, e vejo o quão imenso é esse mundão, e quão bela e perfeita é a natureza que nos cerca e nos da presentes diarios, um exemplo rápido, básico e que passa despercebido aos nossos olhos todos os dias → O nascer e o se por do sol... além da Lua, ah a Lua cheia, quais mistérios esconde que entorpece quem a admira...
Fui com pessoas especiais e com a pessoa que escolhi para ser minha companheira pela vida toda, e se assim for, que possamos curtir momentos como esses milhares e milhares de vezes...
Posso falar, falar e falar, nada, nem palavras, nem fotos, irão traduzir o que realmente foi essa minha linda viagem a Bordo do Navio Horizon...
O mar
Conheço teu agitado marulho
tua voz de barítono
conheço tua zangada pronúncia
tuas lanças arrojadas pelos braços da tormenta
conheço tua suave dança
na onda calma e inumerável
na crista transformada em súbita canção de espumas
conheço-te na beleza da baía amanhecida
na hora melancólica do crepúsculo
e no teu dorso enluarado.
Me deste a paisagem das águas litorâneas
e a espuma se estendendo sobre a areia
me mostraste a nudez e o encanto das praias solitárias
a preamar e a vazante
e o teu perfil de mastros e gaivotas
me deste a magia do horizonte
uma vela solta ao vento
e um barco de papel para os meus sonhos
mas nunca me mostraste
a extensão azul dos teus domínios
e nem um indício sequer dos teus enigmas.
Marinheiro sem mar e sem destino
nunca pude navegar tuas distâncias.
Deste banquete
me deste apenas o paladar salgado dos meus versos
minha sílaba de sal
e a tua própria essência salpicada entre meus dedos
molécula elementar
unânime cristal
para que na minha dieta imprescindível
eu possa provar teu sabor todos os dias.
Manoel de Andrade
Val Vince...
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