24 fevereiro, 2011

Prisioneiro

Quando a voz cala o coração, o beijo adoça a alma, a raiva vai embora e liberta o prisioneiro...
 O amor!

O amor é o alimento da alma, o que mata a fome, a cura das dores, o motivo dos sorrisos,  o brilho nos olhos, a vida!
O amor move o mundo...



Sem nada a fazer, agora 12:41, achei esse poema abaixo... e claro postei...


Existem pessoas cujo limite
de inteligência se estende
ao limite dos seus interesses,
deixando que os seus mais
intrínsecos anseios e quereres,
se sobreponham sobremaneira
à sabedoria que lhes é tão
peculiar, e dessa forma
a inteligência fica bloqueada.

Quando saio, costumo reparar
em algumas árvores belíssimas
que se encontram no centro de 
uma praça magnífica e exuberante
a uns quarteirões do local onde moro
por onde passo todos os dias.

Quando me é possível e além 
de ser privilegiada em as contemplar, 
vou junto delas e o silêncio
que experimento toma-me de uma forma
envolvente e tão inebriante que emudeço.

Em oração e depois de agradecer
esta dádiva ao criador, abraço-as
e fico ali com os meus braços 
envolvendo-as, aconchegando-as.

E mesmo ali, com a brisa a sacudir,
inalo o perfume que das ramagens exala
e pela sua imponência sinto uma paz
que de tão imensa, se traduz em paciência.

Quando observo a beleza destas árvores
que todos os dias me encantam com a vida,
imagino o quão belas são e como sobrevivem.

Suportam tempestades, trovoadas, chuvas,
os invernos rigorosos e mesmo assim,
sobrevivem, mas para se protegerem,
elas constroem pouco a pouco
uma casca grossa, que as abriga.

Todos nós procuramos defender-nos
tudo é tão imprevisível, suportamos 
perdas inimagináveis, e só venceremos
se a dignidade for o factor elementar
para fundamentarmos uma defesa sólida.

Devemos todos, ser homens e mulheres
que ainda que no meio do caos, 
possamos extrair alguma poesia
e experiências que edifiquem,
abraçando árvores mas sobretudo
abraçando e abençoando vidas.

Que possamos enxergar as lágrimas
uns dos outros, vendo-as como diamantes
escorregando pela face, cintilantes
que desnudem a alma, tendo uma visão
do interior de cada um, mergulhando
nas alamedas de cada ser,
para que possamos entender,
que diferenças sempre vão existir
mas o importante é crescer sem acepção.

Podemos arriscar-nos a ser humilhados, 
mas que nunca tenhamos vergonha de amar
apesar de sermos repudiados, porque o amor
é a saliva da alma.
Alice Barros

Val Vince...





2 comentários:

  1. É o que vejo e sinto, falo, com carinho...
    um pensamento divido, uma alegria procuro...
    então assim com versos digo
    pois quem fala se expõem, e que o faz perde o medo, e quem ama... não tem medo. apenas vive o seu mais intenso amor.

    ResponderExcluir