12 outubro, 2011

Despejo




Abri a mala e despejei as mágoas... 
Cansei de carregar fardos que pesam sobre a minha alma...
Ela  caminha de muletas muitas vezes, senti tudo o tempo todo...
Quero liberta-lá, quero permitir-me... ela é livre, se prenderem meu corpo, "libertem-a"...
Se me arrepender amanhã ou depois, ou daqui 10 anos, foi a minha escolha, conheço as renúncias, as dores e as delicias, quero sentir-me leve, mágoas pesam... e só quem as carrega tem a imensidão do quanto... Pelo menos me atrevi a tentar... e afinal, se não tentar como saberei?
Talvez não compreenda certas coisas nunca... mas quem sou EU além de um Mero Mortal apta a erros e acertos... e o "Nunca"... ah o Nunca...

Como se sente, de volta ao começo...
As falhas e o erros, tudo tem preço... A vida ensina...
Aprenda a lição → Nunca diga nunca mais...
Música que amo 


Dias agradáveis...

Percebi que nosso circulo de amizade são como peças... 
Peças fundamentais, que o tempo fez questão de juntar, separar, mas no final, todos nos encaixamos... 
E mesmo que distantes a décadas, basta um encontro para sentir a intensidade e a veracidade do sentimento...
Os amo demais...
E os quero de alguma forma sempre ao meu lado...
E se no livro chamado Destino, vierem mais, sejam bem vindos...
Amizade Rima com Verdade, cumplicidade, Lealdade... Palavras extintas... 
Por isso se tem as jóias chamada "amigos"... Conserve... 
Aquele que segura sua mão, aquele que em silêncio entende seu olhar, respeita suas dores, não passa a mão em tua cabeça, mas mantem-se ao seu lado... Aquele que comemora, que ri e chora...
Afinal nem só de alegrias é feita a Vida... Se estiver ausente, e faltar a um aniversário... me chame quando sentir dor... pois neste momento quero estar com você... e no próximo ano cantarei Parabéns ao teu lado... Aquele que vem, enquanto muitos se vão...



Salvem as Exceções... Amém

A vida é uma porta aberta, um mar para que seja explorado, mergulhado, e mesmo que salgado saboreado...
Feche os olhos e sinta... 
Certas coisas, ou certas pessoas não podem ser substituídas, Sentimentos não podem ser expelidos como restos fecais, por um único motivo, são verdadeiros e são sentidos... 
O que se troca, e o que se joga fora, realmente não vale a pena...

O Respeito move o mundo...

Não somos um jogo de cartas... 



Val Vince...

10 outubro, 2011

Ah a Loucura



Bebendo vinho e pensando que a felicidade está no outro lado disto
Só preciso de uma bússola e de um cúmplice... E todas as dúvidas que enchem minha cabeça 
se confundem de novo para cima e para baixo, de um lado para o  outro de novo... 
Às vezes você pensa que tudo se baseia em um anel de diamantes
O amor precisa de testemunhos e de um pouco de perdão muita paciência, e um ritmo menos espaçado
Estou aprendendo a ser forte com meus próprios erros...


Acredito que ele exista...
Mas no momento não me pergunte onde ele esta...
O amor completa...

Ando meio torpe, e gostando desta loucura de redescobrir certas coisas...
Permitindo-me certas coisas...
Reconhecendo os riscos, os medos e os arrependimentos...
O misto entre a loucura, o prazer e a dor... 




ABDICAÇÃO
Toma-me, ó noite eterna, nos teus braços
E chama-me teu filho... eu sou um rei
que voluntariamente abandonei
O meu trono de sonhos e cansaços.
Minha espada, pesada a braços lassos,
Em mão viris e calmas entreguei;
E meu cetro e coroa - eu os deixei
Na antecâmara, feitos em pedaços
Minha cota de malha, tão inútil,
Minhas esporas de um tinir tão fútil,
Deixei-as pela fria escadaria.
Despi a realeza, corpo e alma,
E regressei à noite antiga e calma
Como a paisagem ao morrer do dia.
Fernando Pessoa

Esta espécie de loucura 
Que é pouco chamar talento 
E que brilha em mim, na escura 
Confusão do pensamento, 
Não me traz felicidade
Porque, enfim, sempre haverá 
Sol ou sombra na cidade
Mas em mim não sei o que há...
Fernando Pessoa


Val Vince...

03 outubro, 2011

É assim...


Caminhando de encontro a mim mesma, dando cabeçadas quando esbarro comigo e finjo não ser eu...
Estou bem, docemente amargurada, um pouco desacreditada, com gana de crer, gana de acreditar despudoradamente, porque tenho comigo que a "verdade deve ser nua, dispa-se".
Dispa-se para mim...
As vezes chego a acreditar que a minha existência basta, basta-me... Outrora a minha própria existência me incomoda...
Estranho como tamanha complexidade me ronda, medo?
Sim tenho, mas os encaro de frente, mesmo que de olhos fechados...
A vida leva e trás as coisas de uma forma muitas vezes grosseira, mas acredite, nada é por acaso, ou por um mero "acaso"...
Solta ao vento quero saborear o inesperado sem receio do arrependimento, porque tenho consciência de sua existência...
Devo hoje a mim e a minha consciência, o que será do amanhã, só amanhã... hoje ainda tem muito tempo...
Nunca, palavra pesada e leve...  forte... muito forte...
Quero me encontrar mas não sei onde estou... Louca, loucamente bem...


 Caminhando, por que os sonhos existem, são meus... e vou busca-los...
Tudo nesta vida é uma questão de escolha...
E agora eu cuido das minhas...

Estou consertando-me...
Se conseguirei... Ah... só o tempo...
 E eu!
Meus devaneios...

Val Vince...