30 março, 2011

Eloquência

Sou fã desta mulher, não a da foto, pois sou eu, mas a do texto abaixo, e não preciso dizer o por que, basta ler...
ELOQUÊNCIA

- Oi. Como estás?
(Aos pedaços. É uma confusão, sabe? Eu quero dizer-te que gostaria de ter, apenas por um instante, esses teus olhos que me vêem assim tão diferente do que eu sei que sou por dentro. Ou não sei. Ou não tenho.
Porque eu sou só esse meu abismo buscando asas. Apenas essa fresta escancarada na pele... ferida aberta que não sara. Essa coisa em metamorfose. E essa vontade de enfiar-me numa cápsula e perder-me desse tempo que não me entende e me corrói. Me corrói, entende?
Queria dizer-te dessa imensidão mascarada que eu trago escondida sob esse véu melancólico. Dizer-te que sou profunda, mas de uma profundeza intragável, asfixiante.
Sou submersa. E não sei se um dia chegarei à superfície de mim. E assim me faço porque o silêncio me habita e sem ele eu não existo.
Acostumei-me a ser essa solidão disfarçada de alegria. Vulnerabilidade vestida de fortaleza.
Também preciso contar-te como é tão melhor o meu dia quando acordo longe de mim. Ou quando bebo café fresco ou saboreio morangos ou descubro uma música. E como me sinto viva quando deixo-me molhar pela chuva ou quando atravesso os minutos sem que nada me machuque, nem eu mesma. E como eu gosto quando não há espinhos nas coisas, nas pessoas, na vida. E dos pequenos prazeres que eu tenho nessas coisinhas diárias que cabem todas tão imensas nas minhas mãos. Entende?
Eu queria que tu soubesses dessa blindagem que eu carrego em mim. Dessa capa que me protege e envolve corpo, alma, palavras, tudo. Essa casca impenetrável com jeito invencível, mas que por dentro chora e se desmancha.
É... eu queria mesmo dizer-te que essa que você vê daí da altura dos teus olhos, é, no fundo, uma finitude. Uma substância etérea prestes a diluir-se e ser esquecida, porque nada mais é do que um mero desvio de si mesma.
Mas... no fundo eu também queria pedir-te, voraz, com todo o meu silêncio: não te desvies de mim.)
- Estou bem, obrigada.



Por: Van Luchiari


Quer conhecer um pouco mais. clique neste link que vale a pena...
→ Van Luchiari


Val Vince...

24 março, 2011

Paciência



Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para


Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara


Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós


Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)


Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara (a vida não para não)


Será que é tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)


Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei,a vida não para (a vida não para não... a vida não para)


Lenine


Val Vince...

Um susto

Não é preciso ser sábio para crer que o maior amor do mundo é o de mãe, aquela que te aceita como você é, e se por algum motivo não aceita suas opiniões, as respeita... É aquela que se entristece verdadeiramente com sua tristeza e se alegra com tua Felicidade, é aquela que ousamos por burrice omitir certas coisas, mas que no fundo elas tem ciência destas mesmas "certas coisas"...
Minha mãe é a mulher da minha vida...
Minha base, minha verdade, por mais que briguemos, por mais que tenhamos nossas diferenças, no fundo sempre descobrimos as semelhanças, passe o tempo que passar.
Ver sua mãe chorar é navalha na carne, com sal, limão e vinagre jogados em cima da ferida, é um desespero que te faz perder o chão, mesmo que esteja ali e tenha que mostrar sua força, ou fingir que tem essa "tal" força.
Mães, assim como pais e assim como pai mãe e mãe pai deveriam der eternos...
Daria minha vida pela dela sem cogitar, pois sem ela metade da minha vida se vai.
Mãe é uma música suave, é um remédio que cura suas dores, um doce remédio, colo de mãe é único, comida de mãe é mais saborosa sempre, e tenha certeza, a sua mãe sempre será a melhor mãe do mundo... Assim como você mesmo não merecendo sempre será o melhor filho do mundo...
Mãe é a canção que por mais que o tempo passe sempre ouviremos, é a luz que em meio a escuridão sempre nos mostrará uma saída, mesmo que ela não esteja certa dela, estará ali e segurará sua mão, até o fim.
É aquela que acreditará nas suas promessas, seja ela a primeira ou  centésima ... a ela não fará diferença... ela crê... Crê em você...


Mãe perdoe minhas falhas, que não são poucas...


Te amo além da vida... 


Val Vince...

23 março, 2011

O fim

Estou atônita aos últimos acontecimentos, e pouco quero escrever sobre...


Apenas uma música que amo... 

Anjo  


Passa todo seu tempo esperando
Por aquela segunda chance,
Por uma oportunidade que deixaria tudo bem
Sempre há um motivo
Para não se sentir bem o suficiente.
E é difícil no fim do dia,
Eu preciso de alguma distração.
Oh, belo descanso
A lembrança vaza das minhas veias...
Deixe-me ficar vazia
E sem peso e talvez
Eu encontrarei alguma paz esta noite.

Nos braços de um anjo,
Voar para longe daqui,
Deste escuro e frio quarto de hotel
E da imensidão que você sente.
Você é arrancado das ruínas
De seu devaneio silencioso.
Você está nos braços de um anjo,
Talvez você encontre algum conforto lá

Tão cansado de andar na linha,
E para todo lugar que você se vira
Há abutres e ladrões nas suas costas,
E a tempestade continua se retorcendo.
Você continua construindo as mentiras
Que você inventa por causa de tudo que você não tem
Não faz nenhuma diferença
Escapar uma última vez.
É mais fácil acreditar nesta doce loucura, oh
Esta gloriosa tristeza que me deixa de joelhos

Nos braços de um anjo,
Voar para longe daqui,
Deste escuro e frio quarto de hotel
E da imensidão que você sente.
Você é arrancado das ruínas
De seu devaneio silencioso.
Você está nos braços de um anjo,
Talvez você encontre algum conforto lá
Você está nos braços de um anjo,
Talvez você encontre algum conforto lá...





Val Vince...

22 março, 2011

Impossible is nothing



Consciência pesada, arrependimento, medo do que vem, medo do que foi, mas forças para corrigir o erro, fé, pois ela é o que me mantém em pé, não só peço, não só creio, agradeço e muito...
Decepcionar alguém que amamos é cortar a nossa carne com navalha e jogar muito álcool, sal, vinagre e limão em cima, e olha lá se a dor não é maior que isso, decepção mata aos poucos, assim como ensina a viver também, principalmente quando se tem ciência do que se foi cometido.
O problema tem o tamanho que damos a ele, então só precisamos vê-lo de uma forma pequena, e pensar no amanhã como a um recomeço, é a palavra "Recomeço"... 
Sei que minimizar certas coisas sempre é burrice, mas ser burro é melhor que ser ignorante, e também não quero cometer os mesmos erros todavia, se for para errar que sejam erros novos, o que almejo é machucar o mínimo de pessoas possível com isso.
Não sou perfeita, sou falha demais, assumidamente falha... 
Nem sempre minhas escolhas são as melhores, eu erro, tropeço e caiu, muitas vezes, me critique, me aponte o erro, me de um tapa cheio de verdades, mas não solte a minha mão... Apenas não solte a minha mão...
Sinto o sol queimando minha pele, interrogando-me sobre inúmeras coisas, sinto o calor insaciável do mormaço sufocando minha mente, suor escorre, medo escorre, tão logo a agua refresca meu corpo acalentando meu ser, vem então o vento e me traz todas as respostas de uma forma leve, como se me tocasse da forma mais doce, levemente doce... sinto a noite cair, e com ela as Estrelas que abrilhantam ainda mais a beleza da lua, olho, compreendo por segundos, logo me indago novamente, e percebo que quando mais perguntas, menos respostas, e quanto mais respostas, mais perguntas... Contudo, vejo que tudo isso é pequeno demais, há uma imensidão de coisas para serem descobertas, vividas, sentidas, intensa e loucamente... Cada caminhar é um milagre. Agradeça!


"Isso também vai passar"

Val Vince...

14 março, 2011

Sentimentos


Em meus passeios pela internet, olhei, gostei e postei...
Claro que a cada um de nós, e de uma maneira geral vejo como um resumo de cada sentir, mas mesmo assim, lendo de corpo e alma de imediato seu corpo e suas lembranças se remetem a um por vez...
Fantástico... É eu sei estou com preguiça  de escrever mesmo... Meu tempo esta perdido no tempo...
Serena, equilibrando meu desequilibrio... e Feliz... assim estou, e mais uma imensidão de sentimentos...

Segue → → → Alguns dos inúmeros...

Os sentimentos  

SAUDADE é quando, o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue;
LEMBRANÇA é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo;
ANGÚSTIA é um nó muito apertado bem no meio do sossego;
PREOCUPAÇÃO é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento;
INDECISÃO é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa;
CERTEZA é quando a idéia cansa de procurar e pára;
INTUIÇÃO é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido;
PRESSENTIMENTO é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista;
VERGONHA é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora;
ANSIEDADE é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja;
INTERESSE é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento;
SENTIMENTO é a linguagem que o coração usa quando precisa mandar algum recado;
RAIVA é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes;
TRISTEZA é uma mão gigante que aperta seu coração;
FELICIDADE é um agora que não tem pressa nenhuma;
AMIZADE é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros;
CULPA é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia;
LUCIDEZ é um acesso de loucura ao contrário;
RAZÃO é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato;
VONTADE é um desejo que cisma que você é a casa dele;
PAIXÃO é quando apesar da palavra 'perigo' o desejo chega e entra;
AMOR é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.

Escrito por Mario Prata

E assim caminha a humanidade...
Mesmo que perdida no tempo do tempo... o que importa é que o tempo não para...



Val Vince...

08 março, 2011

Viagem Linda


Uma viagem, uma recordação para a vida toda...


Sempre tive vontade de me perder em meio a imensidão do mar, e sinceramente a idéia de um Cruzeiro me veio a mente inúmeras vezes, nesses meus anos de vida, mas daí a realmente viver aquilo havia uma longa distância, e que foi percorrida... lindamente percorrida.
As vezes as melhores coisas acontecem das loucuras momentaneas, e foi assim que aconteceu.
Dia 28 de fevereiro de 2011 Embarcamos, foi lindo, o balanço do mar me embriagou muito no primeiro dia, "literalmente", mas nada que não me deixasse com gosto de quero mais, um prazer ininarrável, talvez por ser a primeira vez, então estou assim parecendo uma criança boba e extasiada com o primeiro Triciculo, é bem isso mesmo, assim estou, tanta coisa a fazer que o tempo ficou curto, tentei me dar um tempo em meio ao curto tempo, para que meu corpo aguentasse e aproveitasse tudo aquilo, mas não consegui, porém saboreei muito... 
Que delicia, que aventura gostosa viajar, viajar e viajar... me sinto viva, e vejo o quão imenso é esse mundão, e quão bela e perfeita é a natureza que nos cerca e nos da presentes diarios, um exemplo rápido, básico e que passa despercebido aos nossos olhos todos os dias → O nascer e o se por do sol... além da Lua, ah a Lua cheia, quais mistérios esconde que entorpece quem a admira...
Fui com pessoas especiais e com a pessoa que escolhi para ser minha companheira pela vida toda, e se assim for, que possamos curtir momentos como esses milhares e milhares de vezes...
Posso falar, falar e falar, nada, nem palavras, nem fotos, irão traduzir o que realmente foi essa minha linda viagem a Bordo do Navio Horizon...
O mar

Conheço teu agitado marulho
tua voz de barítono
conheço tua zangada pronúncia
tuas lanças arrojadas pelos braços da tormenta
conheço tua suave dança
na onda calma e inumerável
na  crista transformada em súbita canção de espumas
conheço-te na beleza da baía amanhecida
na hora melancólica do crepúsculo
e no teu dorso enluarado.
Me deste a paisagem das águas litorâneas
e a espuma se estendendo sobre a areia
me mostraste a nudez e o encanto das praias solitárias  
a preamar e a vazante
e o teu perfil de mastros e gaivotas
me deste a magia do horizonte
uma vela solta ao vento
e um barco de papel para os meus sonhos
mas nunca me mostraste
a extensão azul dos teus domínios
e nem um indício sequer dos teus enigmas.
Marinheiro sem mar e sem destino
nunca pude navegar tuas distâncias.
Deste banquete
me deste apenas o paladar salgado dos meus versos
minha sílaba de sal
e a tua própria essência salpicada entre meus dedos
molécula elementar
unânime cristal
para que na minha dieta imprescindível
eu possa provar teu sabor todos os dias.

Manoel de Andrade



Val Vince...