27 agosto, 2014

...

Querendo eu posso ir além.
Queira... e vá além também.


Tempestades quase que diárias, mas, ainda estou à espera das cores do arco-íris.
E mais que isso, sei que de alguma forma virão. Eu aguardo, a pressa por horas grita desesperadamente, é o medo da falta de tempo no tempo, de perder o tempo do tempo, afinal, ele é uma constante incógnita em nós.  E nunca saberemos quando daremos o último suspiro.

Val Vince...

18 agosto, 2014

Dói muito'

Como me encontrei nessa frase de Ana Suy - Sangrar sem sangue é dolorido demais.
É uma hemorragia difícil de cessar, interna demais. 
Tenho me sentido assim hora ou outra, é complicado quando a vontade de colocar tudo no lugar num estalar de dedos não é possível na mesma velocidade com que se deseja.
Mas, mesmo com o temor que tenho com relação ao tempo, eu creio que um dia eu chego lá.


"É como se cada célula do meu corpo tivesse um coração próprio, que, partido, tenta continuar bombeando sangue e com isso só faz agravar mais e mais a hemorragia que viver me tem sido. Sangrar sem sangue é dolorido demais."
_ Ana Suy


Ontem, ao observar pela janela do ônibus algumas gotas de chuva e através dela o sol raiando lá fora, refleti sobre a inconstância do tempo, da natureza. Que ainda assim ao meu ver, é o que há de mais próximo a perfeição que pude enxergar em vida. 
Enfim, pensei sobre as inúmeras pessoas que cruzei na tarde de ontem em Aparecida do Norte, nas inúmeras histórias que cada uma tinha, tem. Na vontade de ouvi-las. 
Pensei também sobre o quanto ando assustada com tudo, com a humanidade desumanizada. Sobre como ainda consigo acreditar numa pessoa que fala olhando nos olhos serenamente, mesmo sabendo que infelizmente hoje aprenderam a mentir com o olhar, e muito bem.
Ando com medo da minha coragem em acreditar que o ser humano ainda vale a pena.
Tomara que passe, sem mais.

Val Vince...'

13 agosto, 2014

Sol'

Pode parecer clichê, mas e daí, eu gosto de clichês.
Pode parecer estranho, mas numa de tantas madrugadas um sabor diferente marcou. O tempo passou, aquela fase perturbada foi cicatrizando, tomando consistência, seria um voltando ao normal?! Talvez, não sei ao certo o que é essa tão rotulada normalidade, e como não suporto rótulos, prefiro não me cansar. Creio mais que seja a essência, a própria natureza, por mais que se desencontre dela, ela permanece ali, e certas coisas, certas euforias perdem o sentido com o tempo, o amadurecimento mesmo meio semente, vem. Ou talvez haja alguma outra explicação. Quem sabe?! Sei que acabei me reencontrando com um sentimento que descobri ainda acreditar impiedosamente, e que bom. Se é destino ou acaso, não sei. Só sei que na hora certa esse sol fez questão de iluminar meus dias, e independente da forma como foi, como é, me fez e faz uma diferença enorme. Me consolidou... me fez  colorir os dias, e deu sentido a eles. Talvez passe, talvez seja só isso, ah... mas me é, e me foi tanto, que o fato de ter me tirado os pés do chão,  já valeu a pena. E hoje, enxergo tudo de uma forma diferente. É mais fácil deixar ser leve do que viver com pesos que só levam a descaminhos. Resumindo, foi aquele bendito encontro há meios inúmeros desencontros.

Aquele sorriso que desmontou toda uma estrutura firme.
O beijo doce, que desconcertou um coração inerte, frio.
Hoje, é sede, é muita sede. É fome também.
É vontade de beber-te, de provar. 
O calor que derrete corpos, mesmo distantes, tornando-os um.
Aquele arrepio, cala-frio.
Aquela ânsia pelo ápice, pelos ápices.
O enroscar, sabe? Entrelaçar.
Desejo incontido de estar ali.
É quente. Deixemos queimar.
São apenas vontades de você.
Saudade'









Val Vince...'

10 agosto, 2014

Pai'

É um silêncio que grita. Aqui dentro hoje... está assim.
Dia dos pais e das mães é, ou deveria ser todo dia. Mas é fato que algo lá no nosso intimo desperta nessas datas, lembranças boas, ou não.
Tenho tantas recordações dele, tanto amor, e ao mesmo tempo tanta dor. Foi com ele que aprendi que a força maior está na natureza, que Deus está dentro de nós e em tudo o que nos cerca. A paixão pelas estrelas, a lua, o cheiro de mato, a chuva, o mar, os animais. Com ele tive a certeza de que Papai Noel não existia, mas achei lindo quando  me pediu para não contar para minha mãe, e deixasse ela fazer o que fazia todos os anos, colocando o presentinho pedido por mim, aos pés da arvore de natal. Ah pai, eu sou tão você.  São tantas as lembranças, há tanto de ti em mim. Aquele homem que transpirava integridade, que me ensinou que a consciência é o que nos mantem em paz, ou o mais  próximo a ela. Que caráter dignifica, mas não se vende por ai. Até o seu lado turrão, a sua vontade de fugir do mundo vez ou outra... até nisso nos parecíamos. 
Espero que um dia possa reencontrá-lo e que de alguma forma, ele me perdoe. Me perdoe por eu ter feito tantos planos silenciosos de estar mais tempo com ele, de... enfim... muito. Muito que o tempo, o destino, a vida, a morte calou. 
Muito que hoje me soa como fracasso, algo que me cabe carregar e sentir.
A vida tem me dado provas de que nada mais é do que um sopro, e ainda assim pecamos, deixando de amar e viver intensamente.
Só espero que um dia me perdoe, pois eu não me perdoei. 
Sem mais, por hoje, pai.

Val Vince...'

07 agosto, 2014

Olho calmo'

Quando conseguimos olhar, observar, enxergar com olhos calmos, passamos a entender um 'tiquinho' mais das coisas. E isso leva tempo, mas quando acontece, ou começa a acontecer, é um florescer. E entender ou compreender tudo, não nos cabe, como dizem, e como ouvimos dizer  - Somos eternos alunos, eternos aprendizes...

E depois do rancor, respirar ♪

Val Vince...

04 agosto, 2014

Descompasso


É assim, às vezes há tanto descompasso nos passos, há tanta incerteza no certo, e uma certeza "cega" no incerto.
E nesse gangorrar, sigo, incerta de minhas certezas, e certa de minhas incertezas, sabe?
Eu sei, e isso me basta. 

Val Vince...